31 de outubro de 2010

Semana da História/ Dia de São Martinho

O Grupo Disciplinar de História comemora de 8 a 12 de Novembro a Semana da História. Haverá exposições, visitas de estudo, teatro e a comemoração do Dia de São Martinho. No dia 12 de Novembro haverá um jantar de São Martinho para a Comunidade Educativa.

A propósito do Centenário da República, o Grupo Disciplinar de História do CAIC decidiu incluir nas actividades da Semana da História a Representação Teatral “Breve História da República Portuguesa”, levada à cena pela Companhia Profissional Teatro Azul e Teatro Oeste, que proporcionará aos nossos alunos o contacto com alguns dos episódios mais marcantes da história de Portugal.
Assim, no dia 11 de Novembro de 2010, no horário abaixo indicado as turmas assistirão à referida peça:


10:30 – Turmas dos 5.º, 6.º anos e 10.ºC e 12.ºC
12:45 – Turmas dos 7.º, 9.º anos

Passatempos de São Martinho
A Biblioteca CAIC associou-se ao Grupo Disciplinar de História nas comemorações do Dia de São Martinho. No dia 11 de Novembro, haverá passatempos sobre o São Martinho. Se és aluno do 2.º ou 3.º Ciclo, participa e ganha prémios. Procura-os na BE CAIC... 

Entretanto... sabe mais sobre a lenda de São Martinho:



LENDA DE SÃO MARTINHO
O dia de S. Martinho comemora-se no dia 11 de Novembro.
Diz a lenda que quando um cavaleiro romano andava a fazer a ronda, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu.
O dia estava chuvoso e frio, e o velhinho estava encharcado.
O cavaleiro, chamado Martinho, era bondoso e gostava de ajudar as pessoas mais pobres. Então, ao ver aquele mendigo, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio, com a espada.
Depois deu a metade da capa ao mendigo e partiu.
Passado algum tempo, a chuva parou e apareceu no céu um lindo Sol. Assim, se explica o Verão de São Martinho

PROVÉRBIOS POPULARES (S. MARTINHO)

- No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
- Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.
- Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
- Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu bornal.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano.
- Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
- Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho.
- Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa pelo S. Martinho.
Adivinhas de S. Martinho


Qual a coisa qual e ela
Tem três capas de Inverno
A segunda é lustrosa
A terceira é amargosa
Tem casca bem guardada
Ninguém lhe pode mexer
Sozinha ou acompanhada
Em Novembro nos vem ver

Passatempo de Físico-Química na Biblioteca (mês de Novembro)

Olá cientistas! 
Não esqueçam que esta quinta-feira há mais passatempos de F.Q. (2.º e 3.º Ciclo) para os craques das ciências. Fiquem atentos!!

30 de outubro de 2010

Vencedores dos Passatempos Hallowe'en

Os grandes vencedores dos passatempos Hallowe'en são:

Ruben Rivetti Silva, n.º 721 do 5.º A e Sofia Coelho, n.º 779 do 5.ºC

Parabéns aos vencedores!! Os prémios serão entregues na próxima 5.ª feira, 4 de Novembro de 2010, pelas 13h.30 na Biblioteca.

Serão, ainda, entregues prémios de participação aos alunos que, não tendo acertado todas as respostas, tiveram um bom desempenho:

Mauro n.º 604
Henrique Cardoso n.º 362
Ester e Inês do 5.º B
João Pedro do 5.º C
Patrícia Ferreira n.º 650 do 5.º D

27 de outubro de 2010

Recital de Guitarra por RUBEN BETTENCOURT





Nascido em 1988, em Angra do Heroísmo, RUBEN BETTENCOURT iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos de idade, sob a orientação de Victor Castro, inicialmente em aulas particulares e depois numa escola de música local, onde obteve 19 valores na disciplina de Guitarra Clássica.
Apresentou-se em público nos Açores e no Continente, bem como na Itália, Alemanha, Polónia e Espanha. Posteriormente, deu-se a ouvir em vários festivais nacionais, tais como o Elogio da Guitarra (Guarda, 2009) e o Ciclo da Bairrada 09 (2009, Oliveira do Bairro). Entre 2006 e 2009 concluiu a licenciatura em Música na Universidade de Aveiro, nas classes de Paulo Vaz de Carvalho e de Pedro Rodrigues, na vertente de Guitarra Clássica, com a classificação de 19 valores. Na vertente de Música de Câmara, foi aluno de Chagas Rosa e de Helena Marinho. Em 2009, ingressa no Master in Music no Conservatório de Maastricht (Holanda), sob orientação de Carlo Marchione.
Participou em cursos de aperfeiçoamento com guitarristas prestigiados. Foi laureado em vários concursos, nomeadamente no 1º Concurso Luso-Espanhol de Fafe (2007 – 1º Prémio em ex-aequo), V Concurso Internacional de Guitarra de Leiria (2008 – Menção Honrosa), X Concurso Internacional Comarca El Condado em Espanha (Março 2010 – Finalista), Axis Gitaar Concours 2010 – Twents Gitaarfestival, na Holanda (Maio 2010 – 4º lugar) e no VII Concurso Internacional de Guitarra – III Festival Internacional de Guitarra de Leiria (Julho 2010), com o 1º Prémio e Prémio de Melhor Intérprete de Música Portuguesa.

27 de Outubro, quarta-feira
21h30
BIBLIOTECA JOANINA – Ciclo “NOITES NA BIBLIOTECA JOANINA”
Ruben Bettencourt, guitarra
Entrada livre

Ler por prazer... A Flor da Alegria


A Flor
 da
Alegria

O João e a Rosalinda viviam na mesma cidade, na mesma rua e em casas mesmo encostadinhas. Tão encostadinhas que só um muro separava os dois quintais – o quintal do João e o quintal da Rosalinda. Mas como os dois amigos passavam o tempo a saltar o muro – ora salto eu para o quintal da Rosalinda, ora salto eu para o quintal do João – os pais de ambos resolveram deitar abaixo o muro e ficaram com um grande e belo quintal para todos.
E era no quintal, debaixo da laranjeira grande, que os dois amigos mais gostavam de brincar. E que brincadeiras! Ele eram corridas, ele eram gargalhadas, ele eram cantigas! Até a D. Gertrudes, avó da Rosalinda, dizia rindo também:
— Ai, estes risos! Como eles me fazem bem!
Mas um dia... a Rosalinda não apareceu debaixo da laranjeira grande. Preocupado, João foi logo a correr a casa da amiga. Estaria doente?
Foi a mãe de Rosalinda que abriu a porta e disse:
— A Rosalinda está na sala. Já chamámos o médico. Não tem febre, não tem dores, parece que nem tem nada, mas está tão triste! É que, sabes, a tristeza pode ser uma doença.
Então João entrou na sala e encontrou a amiga sentada numa cadeira, com a cabecinha muito direita, as trancinhas negras caídas nos ombros, os olhos parados, as mãos imóveis... e caído aos seus pés o Bebé, seu boneco preferido, com uma lágrima redondinha como uma pérola a deslizar nas suas bochechas rosadinhas.
Era isso, então, concluiu o João. A Rosalinda estava doente de tristeza.
Nessa noite, João deitou-se, muito triste também, a pensar na amiga. Os seus olhos fecharam-se e ele ouviu, vinda não sabia de onde, uma voz misteriosa que dizia:
— Só tu podes salvar Rosalinda. Sobe ao pico mais alto das Montanhas da Neve e lá encontrarás a Flor da Alegria. Colhe-a e trá-la contigo, pois só ela pode salvar a tua amiga.
Então João pôs-se a caminho das Montanhas da Neve. Quando se preparava para começar a subida, apareceu-lhe no caminho um dragão, com a sua cauda de serpente e as suas asas a vibrar de fúria:
— Não sabes que eu sou o guardião destas Montanhas? Não sabes que nunca ninguém por aqui conseguiu passar?
— Mas eu tenho de subir ao pico mais alto das Montanhas da Neve para colher a Flor da Alegria e salvar a minha amiga Rosalinda que está doente de tristeza — explicou o João.
O dragão, indeciso, coçou com as suas fortes garras a cabeça coberta de escamas e, mais brando, disse:
        — É bonito isso da Amizade! Olha, poderás subir ao pico mais alto das Montanhas para colheres a Flor da Alegria, mas terás de vencer três provas muito difíceis para mostrares que és mesmo amigo da Rosalinda. É que a Amizade não é coisa fácil, sabes?
E João, ao recordar a carinha triste da amiga, encheu-se todo de coragem e prometeu ao dragão:
— Faço tudo, mesmo tudo o que for preciso, para salvar Rosalinda.
— Isso que disseste é bonito também. Agora vou dizer-te as três provas que terás de vencer para chegares ao pico mais alto das Montanhas da Neve: entrar na Caverna dos Leões Ferozes; trazer a coroa de diamantes da Rainha das Fadas que está no ramo mais alto da mais alta árvore do Bosque dos Abetos; e, por fim, atravessar o Lago das Águas Verdes. Então encontrarás a Flor da Alegria — e o dragão desapareceu numa nuvem de fogo.
E o João continuou a caminhar.
Numa clareira, encontrou um leão bebé, de pêlo dourado, que brincava, pulava e rebolava sobre um tapete macio feito de musgo verde e folhas caídas das árvores.
João parou um bocadinho a olhar encantado o leãozinho quando ouviu, atrás de si, um barulhinho leve. Era um tigre felino, de pêlo amarelo e pescoço listrado de preto, que se preparava para atacar o leão bebé. Então, sem pensar no perigo, João deu um salto, agarrou o leãozinho e escondeu-se com ele numa caverna escura que se abria mesmo ao lado da clareira. Do lado de fora, o tigre bem tentava atacá-los, mas a entrada da caverna era estreita e ele não conseguia entrar. Por fim, foi-se embora, rugindo um forte rugido de cólera.
Quando o nosso herói se preparava para partir, apareceram, vindos do outro lado da caverna, o Pai Leão, a Mãe Leoa e, pulando à volta deles, três filhotes, irmãos do leão bebé.
— Obrigada por salvares o nosso filho — disse a Mãe Leoa, aconchegando a si o leãozinho, com a sua pata macia.
— Ele é muito desobediente. Saiu sozinho da caverna e só a tua coragem o salvou — disse o Pai Leão, agitando a sua farta juba, em sinal de agradecimento. Que podemos fazer por ti, amigo?
E o João falou:
— Eu tenho de entrar na caverna dos Leões Ferozes para subir ao pico mais alto das Montanhas da Neve e aí colher a Flor da Alegria para salvar a minha amiga Rosalinda que está doente de tristeza.
— Mas a caverna dos Leões Ferozes é esta. E, olha, nós não somos ferozes. Só atacamos os outros animais para nos defendermos ou quando temos muita fome. Agora vamos contigo até ao outro lado da caverna. É lá que fica o caminho para o pico mais alto das Montanhas da Neve.
E os leões acompanharam o João até à saída da caverna e despediram-se com grande amizade.
João olhou para o alto pico coberto de neve e, enchendo-se de força, começou a subida. Ia a atravessar um bosque muito verde e cerrado quando ouviu lá do cimo:
— Ai! Ai! Ui! Ui! Ai! Ui!
Olhou e viu um macaquito muito aflito com o rabito enrolado no ramo de uma árvore.
— Ajuda-me cá! Ajuda-me cá! — pediu o macaquito. — Estava aqui a ensaiar saltos mortais para a grande Festa dos Macacos que é já amanhã quando o meu rabo (sabes, o rabo dos macacos é muito importante) se me enrolou neste ramo. E agora aqui estou preso. Achas que podes libertar-me?
O João que, como já adivinharam, era muito amigo dos animais, não se fez rogado. Trepou até ao ramo onde estava o macaquito e desenrolou com todo o cuidado o seu rabito.
— Ora aqui estou eu livre de novo. E com o meu rabinho inteiro! Estou-te muito agradecido. O que posso fazer por ti, amigo?
— Eu tenho de ir buscar a coroa de diamantes da Rainha das Fadas que está no ramo mais alto da mais alta árvore do Bosque dos Abetos.
— Mas o Bosque dos Abetos é aqui. E a mais alta árvore do bosque é esta mesma onde nós estamos. Espera um instantinho que eu sou um macaquito ágil e bom trepador e vou retribuir-te o teu favor.
E o macaco subiu ao ramo cimeiro da árvore e voltou com uma coroa de diamantes que brilhavam como mil estrelas acesas. E, com muitos abraços e agradecimentos, despediram-se e cada um seguiu o seu caminho.
E João andou, andou, andou, já muito cansado, mas com os olhos pregados no pico mais alto das Montanhas da Neve onde crescia a Flor da Alegria que iria salvar a sua amiga Rosalinda que estava doente de tristeza.
Até que chegou às margens do Lago das Águas Verdes. E, no meio dos altos arbustos, foi encontrar, ferida, uma Águia Real que em vão tentava voar, batendo as suas enormes asas, aflita e sofredora.
— Águia Real, está sossegada. Eu vou tratar de ti e poderás voar de novo.
E João ficou nas margens do Lago das Águas Verdes durante três dias e três noites para tratar a Águia Real. Por fim, ela conseguiu erguer-se e ensaiou um pequeno voo.
— Já posso voar de novo! Como te estou agradecida! Que posso fazer por ti, amigo?
— Eu tenho de atravessar o Lago das Águas Verdes, subir ao pico mais alto das Montanhas da Neve e colher a Flor da Alegria para salvar a minha amiga Rosalinda que está doente de tristeza.
— Nada mais fácil. O meu ninho é mesmo lá no pico mais alto das Montanhas. Sobe para cima de mim sem medo. Nós, as Águias Reais, somos as mais fortes e as mais corajosas das aves.
E João, agarrado ao pescoço da sua amiga, voou muito alto, sobre o lago das Águas Verdes. E todos os animais do bosque levantaram para o céu uns olhos redondos de espanto. E até os peixinhos do lago puseram de fora as cabecinhas curiosas. É que nunca ninguém tinha visto um rapazinho voar montado numa Águia Real!
A Águia pousou no pico mais alto das Montanhas da Neve, despediu-se do amigo e voou para o seu ninho.
E ali mesmo, no meio da neve, abrigada de todos os ventos por um rochedo, João encontrou a Flor da Alegria. O seu pé era delicado e frágil, as suas folhas tinham a forma de um coração e as suas pétalas tinham a cor quente da amizade. Então, com muito cuidado, João colheu a Flor, apertou-a contra o coração, desceu as Montanhas da Neve a correr e a correr entrou na casa de Rosalinda.
Já ela estava sentada na sua cadeira, com a cabecinha muito direita, as trancinhas negras caídas nos ombros, os olhos parados, as mãos imóveis... e caído aos seus pés o Bebé, seu boneco preferido, com uma lágrima redondinha como uma pérola a deslizar nas suas bochechas rosadinhas.
João colocou a Flor da Alegria nas mãos de Rosalinda. Então uma estrelinha, muitas estrelinhas começaram a brilhar nos olhos da amiga. Ela sacudiu a cabeça e as suas trancinhas negras começaram a bailar para um lado, para o outro. Depois as suas mãos apanharam o Bebé e secaram a lágrima-pérola das suas bochechinhas rosadas.
E virou-se para o João a rir. E o seu riso era tão alegre, tão claro, tão cristalino que ele começou a rir também.
E a partir desse dia voltaram as brincadeiras debaixo da laranjeira grande. E que brincadeiras! Ele eram corridas, ele eram gargalhadas, ele eram cantigas! Até a D. Gertrudes, avó da Rosalinda, dizia rindo também:
— Ai, estes risos! Como eles me fazem bem!
E a Flor da Alegria?
Essa não morreu nunca. Ficou a morar para sempre no coração do João e no coração da Rosalinda.

Manuela Monteiro
A flor da alegria
Porto, Campo das Letras, 2006

Acção de Formação "Como Incentivar nas crianças o gosto pela leitura..." (BM Santa Comba Dão)

A BM de Santa Comba Dão leva a cabo a Acção de Formação promovida pelo Programa de Acções de Promoção da Leitura da DGLB "Como incentivar nas crianças o gosto pela leitura...", que irá decorrer no Auditório Municipal de Santa Comba Dão, no dia 15 de Novembro de 2010.

Acção de Formação "LER e SABER LER" (BM Tondela)


A Biblioteca Municipal de Tondela promove a Acção de Formação "Ler e Saber Ler", orientada por Teresa Silveira, mestre em Ciências da Informação e da Comunicação, que terá lugar na Biblioteca Municipal Tomás Ribeiro, no próximo dia 27 de Novembro.
Esta acção destina-se a bibliotecários, animadores, professores e técnicos profissionais.
As inscrições poderão ser entregues até ao dia 23 de Novembro no balcão de atendimento da Biblioteca Municipal de Tondela ou enviadas através do email bib.tomas.ribeiro@cm-tondela.pt em caso de dúvida poderão usar o número de
telefone  232-819202. As inscrições são gratuitas, mas só poderão ser admitidos 25 participantes.




Trata-se de uma acção realizada no âmbito do Programa de Itinerâncias da DGLB, com o apoio do Município de Tondela.

Feira do Livro de Banda Desenhada

Ainda estás a tempo de visitar a Feira do Livro de BD. Não percas a oportunidade...

Hallowe'en no CAIC

A BE CAIC colaborou com o Departamento de Inglês na montagem de uma colorida e assustadora exposição para comemorar o dia das bruxas.

Passatempos Hallowe'en na Biblioteca

Se gostas do Hallowe'en e és craque no Inglês, participa nos passatempos que preparámos para ti. Procura-os na Biblioteca e ganha prémios!

Origem do Hallowe'en
O Dia das Bruxas (Hallowe’en é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxónicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. A origem do hallowe’en remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às actuais abóboras ou da famosa expressão "doce ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o hallowe’en não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do Verão (Samhain significa literalmente "fim do Verão").

26 de outubro de 2010

Encontro com a ilustradora Ângela Serra

O Colégio da Imaculada Conceição teve a honra de receber a ilustradora Ângela Serra que gentilmente aceitou o convite da Biblioteca CAIC para um encontro informal. A ilustre convidada foi recebida pela turma B do 8.º ano que, para a receber condignamente, realizou um trabalho prévio de pesquisa sobre a sua vida e obra.

Ficámos a saber que Ângela Serra nasceu em 1984 e estudou na Escola Artística António Arroio, tendo-se licenciado em Artes Plásticas – Pintura, na FBAUL (Faculdade de Belas Artes Universidade Lisboa), em 2008. Desde então, tem trabalhado como freelancer, participando em diversas exposições colectivas. Os seus trabalhos ligam-se à Pintura, Fotografia e Ilustração.

Os alunos do 8.º B, que se iniciam no gosto pela arte, referiram que se sentiram lisonjeados pela presença desta convidada no nosso Colégio. Realizaram um trabalho de pesquisa sobre a ilustradora e, para ficarem a conhecê-la melhor, realizaram esta breve entrevista.


Questão 1 : Quando e como decidiu ser Ilustradora?
Não foi bem uma decisão. Desde muito nova, talvez com um ano e meio, comecei a comunicar pelo desenho. Todos riscamos e fazemos rabiscos… mas creio que eu tinha esse “bichinho” em excesso. Acabei por riscar as paredes não só do meu quarto, mas também do da minha avó. Desde muito nova senti gosto no desenho e, com o avançar dos estudos, fui experimentando novas técnicas (acrílico, guaches,…). Os professores diziam que eu tinha mão para o desenho e os do Secundário disseram-me que a pintura seria, para mim, uma área de realização. Mais tarde, depois de me formar, as saídas eram Pintar e Ilustrar.

Questão 2: É fácil ou difícil ser-se uma Ilustradora de sucesso em Portugal?
Não sou uma ilustradora de sucesso (risos). Estou, ainda, a começar. Para além da formação académica, fiz o estágio num museu, em Lisboa. Nesse museu, uma senhora que aí trabalhava, mostrou-me umas histórias que escrevia para a sua filha e perguntou-me se não as queria ilustrar. Eu aceitei esse desafio, peguei em duas histórias e eu ilustrei. Fizemos um portefólio que enviámos para várias editoras (texto + ilustrações) e uma delas, a 7 dias 6 noites, interessou-se por um deles e o livro foi publicado. Volto a repetir, estou a dar os primeiros passos na ilustração.

Questão 3: Sabemos que a Ângela se divide entre a Pintura, a Fotografia e a Ilustração, artes simultaneamente tão próximas e tão diferentes! Se tivesse que optar por uma, qual colocaria em 1.º lugar? Porquê?
Em primeiro lugar ponho sempre a Pintura, porque é 100% minha. Eu, seja em que situação for, se me apetece transmitir uma mensagem, essa mensagem (que eu pinto) é minha. Se ilustro os desenhos, esses desenhos são meus mas a ideia é de outra pessoa. Na pintura, parte de mim. Tem mais exploração da matéria… posso mexer em mais materiais.

Questão 4: Na Internet pudemos observar algumas da sua pinturas e retratos. Pareceu-nos que “simpatiza” com duas cores em particular: o vermelho e o preto. Há alguma razão especial?
Boa pergunta! (risos) Não sei, se calhar referem-se a uma fase do meu trabalho… eram retratos, mas tem a ver com um conceito que está por detrás… a nossa natureza autodestrutiva. O vermelho… sangue, carne…
Agora estou numa fase a preto e branco.

Questão 5: Há duas ilustrações da Ângela que nos apaixonaram “Era noite de Lua cheia.”e “Untitled”.  Pode falar-nos delas e da mensagem que pretendeu transmitir?
A “Noite de lua cheia” foi um texto que me passaram… O autor de um blogue “posso apagar a luz” passou-me o texto de autoria de uma outra pessoa. A ideia era a de uma menina que estava perdida… A menina aparece deitada, não é estar deitada de frente mas mostrar o mistério de quem se sente só e triste… A outra ilustração “Untitled” é o texto de um outro seu convidado. Tanto uma ilustração como a outra reflectiam sobre a solidão. São pintadas com uma mesa digital. Esta tem uma variedade de técnicas… não há riscos, não há contornos… É um desenho com vector. O “untitled” não é tão livre como se eu pudesse dar liberdade ao gesto (faz o gesto de quem está a pincelar, a desenhar). Pessoalmente, gosto mais da “noite de lua cheia” pois é mais livre, pude dar o meu gesto, pintar… Com o vector é como se me limitasse a unir pontos. Na "noite de lua cheia" houve mais gestualidade.

Questão 6: Todos os grandes artistas falam de uma musa ou fonte de inspiração. Onde é que a Ângela encontra a inspiração para a realização de trabalhos tão expressivos e que agarram/prendem e que por vezes também afastam pela crueza das imagens aqueles que os observam?
Sempre me fascinaram pintores que explorassem o meio social e a nossa natureza, o nosso inconsciente. Tenho alguns nomes (se calhar não os conhecem…). Santiago Idanhas, que usa e abusa da expressão visual. Mário Vitória (apontem este nome!) usa imensos ângulos, expressões… Ambos se focam no inconsciente, no que se passa na nossa mente.

Questão 7: Ângela, é uma mulher ainda muito jovem e com um futuro, por certo promissor. Qual o seu maior desejo enquanto Ilustradora?
Bom… quero conseguir fazer várias coisas dentro da minha área. Tendo em conta que a Pintura é a minha Paixão, quero poder exprimir–me em tudo, até, quem sabe, no ensino das artes na vossa faixa etária.

Questão 8: Para finalizar a nossa entrevista, Ângela, quer deixar uma mensagem para a comunidade educativa do CAIC?
Se calhar não se aplica à vossa faixa etária… (risos) Hoje ouço pais, educadores, professores dizer que não querem que as crianças se sujem… Digo-vos, deixem sujá-los, não limitem as experiências, não criem uma “bolha” que com o passar do tempo se revela negativa…
Não devem impor limites, devem deixar que as crianças e adolescentes se exprimam livremente.


Antes de fechar esta entrevista, os alunos solicitaram, ainda, ideias para a realização do cartaz do Programa Eco-Escolas. Transmitiram-lhe o grande tema “Há sinais, segue-os!”. A Ângela disponibilizou-se para ajudar e foi dizendo:
- Não se limitem ao desenho e à pintura…
- Dividam-se em grupos com diferentes visões e noções…
- Quanto ao tema, sejam simples e directos
- Usem pó de graffiti para dar noção de poluição, ponham um bocadinho de água que expande…
- Brinquem com a textura das plantas e usem como carimbo…
- Façam experiências… testem… experimentem… sujem-se…
- Pintem com as pontas dos dedos…

No final da entrevista, a nossa convidada mostrou aos alunos como usar o programa Photoshop, cujas ferramentas e a criatividade podem levar à criação de trabalhos de ilustração originais e... quem sabe... ajudar na criação no cartaz ECO-ESCOLAS.