Um mundo outrora esquecido
Um mar de lágrimas afoga o rosto,
De alguém outrora esquecido
Deixando num mundo nocivo,
Onde os sorrisos são tempo perdido.
Um olhar reluzente e vistoso,
Desarma um grito alarmante
Ruídos de um mundo vaidoso
Expressam como outrem se sente
Jamais se encontrara defronte
De uma vida de compaixão
Decerto que o sorriso que possuía
Tocava no fundo do coração
Pendurada nos ramos combalidos
De uma árvore de solidão
Já com a esperança sem vida
E a vida sem emoção
De repente, o nevoeiro dissipa-se,
O sol acaricia a aragem
O que anteriormente era deserto
Ficou uma única paisagem
Uma linha aberta abraça o céu
Com o seu grande louvor
As cores libertam o seu sorriso
E aprisionam a sua dor
Esse mundo outrora esquecido
Prisioneiro de uma chuva de melancolia
Foi liberto por uma mistura
De cores, grandeza e alegria
Ana Inês Amado, nº 74 6ºB
Navegar…
Navegamos ao sabor dos outros
Ou de nós
Navegamos de cabeça erguida
Ou num beco sem saída
Navegamos com um sorriso de ternura
Ou com uma sensação de amargura
Navegamos com os nossos amigos
Ou com os nossos inimigos
Navegamos a espalhar a paz
Ou a apoiar a luta
Navegamos em alto mar
Ou em terra a chorar
Navegamos a escolher
E navegamos até morrer
Sofia Seabra Gomes, nº 827 8ºA
Tu
Tu não sabes quem sou
Não me viste nascer
Não me conheces
Não sabes como é ser eu
Toda a minha existência é-te irrelevante
Sou-te um completo desconhecido
E, no entanto, sabes tudo sobre mim
Sabes como me controlar, como me fazer querer-te
E quando me obrigas a chamar o teu nome e vens até mim, matas-me
Adoras fazer-me sofrer, e fazes-me gostar de sofrer por ti
Mas eu já não quero isto
Não quero sentir o que tu sentes
Quero sair de ti. Não quero mais querer-te.
Vai-te embora!
Deixa-me em paz.
Mas quando fores, leva-me contigo
Mauro Xavier Abambres Jorge, nº 607 12ºA
Sem comentários:
Enviar um comentário